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Campanha Nacional em Defesa do Cerrado realiza pesquisa sobre impacto da COVID-19 em 71 comunidades

A pesquisa “Primeiras reflexões sobre a situação das comunidades do Cerrado frente à pandemia do coronavírus”, realizada pela Campanha Nacional em Defesa do Cerrado, teve como objetivo levantar informações sobre as vulnerabilidades e carências nas comunidades e povos tradicionais do Cerrado frente à pandemia. 

Entre os dias 30 de abril e 09 de junho de 2020, período em que se iniciou a interiorização da pandemia do coronavírus nos pequenos municípios brasileiros, a Campanha realizou um levantamento de informações com 71 comunidades rurais e tradicionais de oito estados do Cerrado brasileiro: Maranhão, Tocantins, Goiás, Piauí, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.



Os estados do Maranhão e do Tocantins tiveram maior participação na pesquisa e representam, também, o maior número de comunidades em situação de vulnerabilidade.


Auxílio Emergencial

A dificuldade de acesso ao benefício do Auxílio Emergencial, criado para garantir condições mínimas de sobrevivência às pessoas que tiveram suas rendas prejudicadas em razão da pandemia e da necessidade de isolamento social, é um dos grandes problemas vivenciados pelas comunidades rurais e povos do campo. 

Aproximadamente 80% das comunidades que responderam ao questionário da Campanha Nacional em Defesa do Cerrado indicaram ter alguma dificuldade para acessar o auxílio. Confira o gráfico abaixo:



Fonte: Campanha Nacional em Defesa do Cerrado

Metodologia

Para realizar a pesquisa foi aplicado um questionário online com doze perguntas de múltiplas escolhas e perguntas abertas. As questões buscaram identificar, dentre as diferentes comunidades envolvidas, a situação de vulnerabilidade enfrentada no cotidiano diante desta crise sanitária, assim como as necessidades/carências emergenciais vividas, tais como: o acesso a alimentos; medicamentos; acesso ao

Auxílio Emergencial; e a condição de isolamento das famílias

A pesquisa levantou informações junto a 71 comunidades, entre elas – assentamentos da reforma agrária, quilombos, acampamentos, áreas de ocupação, territórios indígenas, bairros urbanos, comunidades geraizeiras e etc. 


As comunidades participantes da pesquisa estão localizadas nos estados do Maranhão (29), Tocantins (15), Goiás (08), Piauí (07), Minas Gerais (05), Bahia (03), Mato Grosso (02) e Mato Grosso do Sul (02). O Maranhão e o Tocantins tiveram maior participação na pesquisa e representam, também, o maior número de comunidades em situação de vulnerabilidade. 


A pesquisa traz ainda uma análise dos dados sobre o acesso das comunidades do Cerrado ao Auxílio Emergencial; Análise das carências de alimentação e materiais de higiene; Isolamento/distanciamento social e Ações de apoio às comunidades no enfrentamento à pandemia.


O levantamento foi organizado por Helena Lopes, da ActionAid Brasil,  Joice Bonfim, Associação dos Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR), e Valéria Santos, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) – organizações que integram a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado.



Fonte: Assessoria de Comunicação da Campanha Nacional em Defesa do Cerrado

Imagem: Leandro dos Santos / Comunidade Quilombola Cocalinho (MA)

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