O calendário marca mais um 22 de setembro, completam-se 43 anos do assassinato de Eugênio Lyra, na véspera do que seria o seu depoimento na CPI da Grilagem da Assembleia Legislativa. Advogado, poeta e militante das causas sociais, Lyra dedicou sua vida à defesa dos/as trabalhadores/as rurais e das comunidades camponesas, que enfrentavam as diversas tentativas de usurpação de seus territórios promovidas por grileiros no oeste baiano.
O projeto de morte que apertou o gatilho contra Eugênio, em 1977, é o mesmo que faz o Brasil arder em chamas no presente. É também o que negocia ilegalmente territórios tradicionais, violenta geraizeiros no cerrado, indígenas no amazonas e caiçaras no pantanal, contamina territórios pesqueiros, desmata vegetações nativas para dar lugar a monoculturas de soja e milho transgênicos para exportação, despeja agrotóxico no ar, nas terras e nos rios, privatiza as águas e seca nascentes.
Eugênio Lyra foi assassinado, mas não foi e não será silenciado. Seguimos inspirados/as pela memória, palavra, poesia e, em especial, pelo exemplo do nosso patrono.
Eugênio Lyra,
PRESENTE,
PRESENTE,
PRESENTE!
Hoje e sempre!
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